The Cure: Do Pior ao Melhor

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Foto: Ilustrativa
A discografia do The Cure avaliada na série "Do Pior Ao Melhor"
Por Luciano Cirne

Muita gente não sabe, mas em dezembro de 2016, mais precisamente no dia 18, fará 40 anos que um obscuro conjunto chamado Malice fez seu primeiro show. Envergonhados após sua apresentação tosca, logo em seguida mudaram o nome para "Easy Cure" e, pouco tempo depois, para The Cure, tornando-se uma das bandas mais influentes do rock alternativo e uma das que ajudaram, junto com o Joy Division, Bauhaus e Siouxsie and the Banshees, a definir a estética gótica (embora Robert Smith não goste muito dessa associação). Portanto, para homenageá-los, venho novamente prestar um serviço de utilidade pública às gerações de roqueiros que estão por vir, desta vez dissecando sua rica discografia. Antes de qualquer coisa, convém ressaltar que, assim como fiz na discografia comentada dos Ramones, este ranking baseia-se em opinião puramente pessoal, ok? Portanto, se você discorda, não precisa xingar minha mãe; apenas deixe seu comentário dizendo sua opinião, será um prazer! Ah, e também é bom frisar que excluí álbuns ao vivo desta lista, porém achei necessária a inclusão de uma coletânea; vocês entenderão o porquê disso ao lerem a resenha! No mais, vamos ao que interessa e divirtam-se!

 14 'Wild Mood Swings' (1996) 
Nove entre dez fãs do The Cure execram este disco unicamente por causa do primeiro single, "The 13th", uma salsa do latino doido que na verdade nem tem nada de tão radical assim (lembra o hit "Caterpillar", do álbum "The Top" em alguns momentos), mas que para o público que o conheceu através dos seus antecessores "Disintegration" e "Wish" ajudando a torna-los fenômenos de venda, foi um baque e tanto. Porém esse não foi o único problema. A fase era complicada: o baterista Boris Williams (sem dúvida o melhor que já tiveram) caiu fora ao final da turnê de "Wish" e o guitarrista Porl Thompson recebeu um daqueles convites considerados irrecusáveis para virar músico de apoio do Jimmy Page e Robert Plant (por sinal o convite veio no Hollywood Rock de 1996, onde ambos excursionaram juntos por RJ e SP e Jimmy, impressionado com a técnica de Porl, não pensou duas vezes), deixando Robert Smith e o guitarrista Perry Bamonte sozinhos para compor e fazer todos os arranjos. Provas da bagunça que imperou no processo de gravação foram o fato de vários bateristas terem gravado o álbum, pois Robert aproveitava as sessões de audições para gravar e depois usava o que julgava que tinha ficado melhor (Jason Cooper, o escolhido para ficar com as baquetas, tocou em 9 das 14 faixas) e de a gravadora ter pressionado para que a mixagem ficasse a cargo de terceiros, pois o álbum estava demorando muito a sair. Sem o controle, as coisas não ficaram exatamente como Robert Smith gostaria e o resultado disso foi um trabalho sem foco que atira em todas as direções.  Em alguns momentos, como na alegre "Mint Car" (espécie de "Friday I'm In Love" parte 2), a lindíssima "Jupiter Crash" e a forte "Want", o resultado é bastante satisfatório, mas não o bastante para salvá-lo do naufrágio como um todo.

 13 'The Cure' (2004) 
Quando escrevi na discografia comentada dos Ramones sobre o polêmico álbum "End of The Century", exemplifiquei o quanto uma escolha errada para a produção pode botar tudo a perder. Pois bem, temos aqui outro belo exemplo disso: Ross Robinson, famoso por seu trabalho com grupos barulhentos como Sepultura, Slipknot e Korn sempre foi muito fã da banda de Robert Smith e sonhava um dia adicioná-los ao seu currículo. Quando finalmente se esbarraram, Ross encheu tanto a paciência que eles acabaram cedendo. O problema é que ele parece saber muito bem lidar com bandas pesadas; mas claramente não tem a mesma desenvoltura na hora que precisa lapidar sons com tantas nuances quanto o The Cure. As músicas em si não são ruins, porém em vários instantes temos a incômoda impressão de que ele tentou deixá-los ainda mais angustiados e lamuriosos para facilitar a assimilação pela turma emo (que naquela época estava no auge), lembrando demais a malfadada parceria de Robert Smith com o Blink 182 um ano antes. Vale pela épica canção "The Promise", que encerra o disco, pela simpática pegada pop de "The End of the World" e pela alegre "Taking Off" mas, fora isso, não há nada de muito relevante. Ah, e também devo ressaltar que a capa é séria candidata a uma das mais feias da história do rock.

 12 'Bloodflowers' (2000) 
O grande problema de "Bloodflowers" é ser um trabalho pretensioso. Como foi concebido como a parte final de uma trilogia iniciada com o álbum "Pornography" e seguida por "Disintegration", a comparação com os mesmos torna-se inevitável e aí "Bloodflowers" perde de lavada. Tenta-se o tempo inteiro recriar a atmosfera densa e atormentada desses discos supracitados (talvez para apagar a decepção que o álbum anterior "Wild Mood Swings" causou nos fãs), mas na maior parte das vezes o resultado é um pouco cansativo, como se todas as faixas fossem uma imensa, lenta e triste canção emendada. Mesmo as músicas de maior destaque como "Out Of This World", "Maybe Someday" e a reflexiva "39" (composta às vésperas do aniversário de 39 anos - claro - de Robert Smith) passam uma incômoda sensação que estamos ouvindo uma banda que parece cover de si mesma, que tenta a todo custo soar como em "Pictures of You" (do já citado "Disintegration"). "Bloodflowers "é certamente bem feito e até agradável; no entanto, promete mais do que cumpre.

 11 'The Top' (1984) 
O "álbum difícil" do The Cure. O próprio Robert Smith já disse diversas vezes que não gostou do resultado final, o que é bastante sintomático. Todos os integrantes estavam enfiando o pé na jaca nas mais diversas substâncias (Robert Smith na cocaína, o tecladista Lol Torhurst na bebida, o baterista Andy Anderson no chá de cogumelos, e por aí vai). Para piorar, o clima  não era dos melhores, pois eles estavam a um passo de acabar: Robert na época também estava tocando guitarra no Siouxie and the Banshees e se sentia muito mais confortável ali pois, como não era a figura principal, não havia pressão sobre ele. O resultado desse ambiente tão louco e tumultuado foi um disco psicodélico, experimental e, obviamente, que não é fácil de assimilar. Temos os elementos árabes de "Wailing Wall", a psicodélica "Piggy In The Mirror", a angustiada "Bananafishbones", a furiosa "Shake Dog Shake", mas até nos momentos mais pop (como "The Caterpillar"), uma incômoda sensação de estranhamento se faz presente. Porém, se analisarmos por outro ângulo, talvez este seja o grande charme de "The Top": Há muito que merece uma audição mais atenta e precisa ser (re)descoberto.

 10 '4:13 Dream' (2008) 
Criminosamente ignorado pela crítica dita "especializada", "4:13 Dream" mostra o The Cure consistente como há muito não se (ou)via, graças talvez ao retorno do antigo guitarrista Porl Thompson, que deu um astral novo à banda (desde "Wish", de 1992, eles não soavam tão leves). A longa faixa de abertura "Underneath the Stars", climática,  repleta de nuances e que poderia muito bem estar no álbum supracitado, é grande exemplo de como estamos novamente diante de um conjunto inspirado. "Reasons Why", a canção mais pop do trabalho, também chama a atenção pois, ao mesmo tempo que tem uma melodia tão alegre, trata de um tema pesado (suicídio); "Freakshow" tem uma pegada funkeada que lembra demais "Hot Hot Hot", do disco "Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me" e a lindíssima "This. Here And Now. With You" é uma daquelas canções de amor dilacerantes que só Robert Smith sabe compor. Ainda que seja nitidamente inferior aos seus clássicos álbuns, não faz feio numa eventual comparação. Cabe ressaltar que a ideia original do The Cure era que "4.13 Dream" fosse duplo, mas a gravadora achou que, nesses tempos de mp3 e pirataria virtual, isso poderia ser um suicídio comercial e exigiu que ele fosse lançado como CD simples, o que fez Robert  Smith limar as faixas "mais pesadas e sombrias"... Será que um dia elas serão lançadas? Tomara!

 9 'Seventeen Seconds' (1981) 
Temos em "Seventeen Seconds" o momento em que o The Cure começou a achar sua própria identidade, saindo aos poucos do pós-punk do álbum de estreia e começando a enveredar por caminhos mais tortuosos que iriam desaguar na obra-prima "Pornography" apenas dois anos depois. A mudança na formação (o baixista Michael Dempsey saiu e dois integrantes o substituíram: Simon Gallup assumiu o baixo e o tecladista Matthieu Hartley  foi adicionado) fez com que  o som ficasse  mais consistente e focado. Talvez uma forma de resumi-lo é compará-lo à sua arte do álbum. A capa é fria, metálica, minimalista e não passa com clareza uma ideia sobre o que ele poderia de fato ser, e o The Cure consegue transmitir todos esses elementos nas músicas. Grandes exemplos dessa guinada sonora são "Play For Today" e "A Forest", clássicos que até hoje figuram entre as favoritas dos fãs, são grandes exemplos dessa sonoridade soturna perfeita para curtir uma fossa num domingo cinzento e chuvoso, além de "At Night", inspirada numa obra de Franz Kafka com o mesmo nome e a lenta e depressiva "In Your House", que retrata com perfeição a proposta de tristeza e desolamento do álbum. Não é o tratado perfeito sobre perda que seu trabalho seguinte "Faith" conseguiu ser e nem a descida ao inferno de "Pornography", mas preparou o terreno com maestria para eles.

 8 'Japanese Whispers' (1983) 
Lembram quando eu disse no começo da matéria que iria mencionar uma coletânea? Pois bem, chegou a hora. O trabalho anterior "Pornography" foi uma obra-prima, mas que consumiu muito da banda psicologicamente. Noite após noite tocando músicas altamente depressivas somado ao consumo de drogas cada vez mais desenfreado fizeram com que o equilíbrio mental de todos se esgotasse e o clima interno se deteriorasse. A um ponto do colapso emocional, Robert Smith resolveu dar um tempo no The Cure, ficando mais de um ano sem falar com seus colegas de banda. Quando finalmente reestabeleceram contato, resolveram dar uma resposta aos que achavam que eles só sabiam fazer músicas negativas e pessimistas, lançando quatro singles sequencialmente, que algum tempo depois foram unidos em um só disco e lançados com o nome de "Japanese Whispers". Para quem os conheceu graças a discos depressivos como "Pornography" e "Faith", deve ter sido um choque vê-los cantando melodias ensolaradas com forte influência new wave como "Let's Go To Bed" e "The Walk" (que Robert Smith confessou envergonhado em sua biografia que "foi a única música que compus que minha mãe gostou") ou a jazzy "Lovecats", inspirada no desenho animado da Disney "Aristogatas", um dos filmes favoritos do vocalista. Leve, dançante e repleto de sintetizadores, "Japanese Whispers" é uma coletânea de singles, verdade, porém muito mais consistente e coesa que vários discos por aí.

 7 'Three Imaginary Boys' (1979) 
Antes de mais nada, convém esclarecer para quem não sabe que o disco de estreia do (na época trio) The Cure teve duas versões: A primeira, chamada "Three Imaginary Boys", saiu no velho continente e "Boys Don't Cry", na América. Além da capa e do título, quatro músicas foram alteradas: na versão americana, saem "Meat Hook", "Object", "It's Not You" e o cover torto do Jimi Hendrix "Foxy Lady" para entrarem os hits "Jumping Someone Else's Train", "Plastic Passion", "Killing An Arab" (inspirada no livro "O Estrangeiro", de Albert Camus e que rendeu inúmeras acusações à banda de preconceito - provavelmente de pessoas que não gostam de ler) e, obviamente, o clássico supremo "Boys Don't Cry" (essas 4 músicas haviam saído anteriormente como compactos na Europa, por isso essa decisão). Particularmente, prefiro a versão americana com todos os seus sucessos, mas independentemente de qual você escolher, ambas são garantia de diversão. Percebe-se que a sonoridade ainda é bastante embrionária e crua, embora a música "Three Imaginary Boys" já sinalizasse, ainda que timidamente, o caminho promissor que seguiriam a partir de então.

 6 'Faith' (1981) 
Capa cinza, guitarras sombrias, músicas com títulos sugestivos como "All Cats Are Grey" (não por acaso, uma das favoritas deste que vos escreve)... fica claro que "Faith" é sobre vazio, tristeza, nevoeiro, solidão,e a esperança cada vez menor. Com exceção das rápidas "Primary" (com dois baixos) e "Doubt", o que predomina são hinos lúgubres como "Funeral Party" e "Faith", que, com seus instrumentos em afinações graves e baterias hipnóticas, foram precursoras do rock gótico que tomou de assalto os anos 1980. Isso para não falar da já citada "All Cats Are Grey", que lembra muito o Nine Inch Nails da fase "Downward Spiral". Vale ressaltar que a versão de luxo lançada em 2005 tem a faixa bônus instrumental "Carnage Visors" que foi composta para ser a trilha sonora de um curta metragem de animação dirigido pelo irmão do baixista Simon Gallup, Ric, que nunca foi lançado em circuito comercial, mas serviu como ato inicial nos shows desta turnê, e que, com seus 27 minutos (!!!) é uma das músicas mais assustadoras que o The Cure já gravou, trilha sonora perfeita para um filme de terror. Não recomendo nem um pouco ouvi-la sozinho(a) numa noite chuvosa...

 5 'Wish' (1992) 
Primeiro e único álbum do The Cure que conseguiu a proeza de atingir o topo das paradas, graças em grande parte ao sucesso de "Friday I'm In Love" (muito possivelmente o mais feliz que Robert Smith conseguiu soar em toda sua discografia), que tocou incessantemente nas rádios e fez alguns fãs mais radicais torcerem o nariz e acusarem a banda de "fazer pop descartável". Bobagem: para cada música com apelo comercial, como a belíssima "High" ou a simpática "Letter to Elise" com seu teclado lembrando canções folclóricas japonesas, temos canções tristes e melancólicas como "From The Edge of The Deep Green Sea", "Apart", "To Wish Impossible Things" e, como eu não poderia deixar de citar, "Trust" (talvez a minha favorita da banda). Não é um disco predominantemente gótico, nem tão pop quanto parece, mas quase atingiu o equilíbrio perfeito entre estes extremos. Digo "quase" porque alguns anos antes o The Cure conseguiu fazê-lo com o magistral "Head On The Door", mas essa história fica mais para a frente...

 4 'Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me' (1987) 
Temos aqui a prova cabal que Robert Smith é uma pessoa completamente bipolar. Quem mais seria capaz de compor algo tão baixo astral quanto "Pornography" e alguns anos depois escrever algo tão alegre e ensolarado quanto as músicas deste álbum? Tudo  aqui é berrante, colorido, glorioso e, sobretudo, exala criatividade. Ao longo das 18 músicas e dos seus 75 minutos (o LP é duplo), temos cítaras desvairadas em "If Only Tonight We Could Sleep", a melodia funkeada de "Hot Hot Hot!", naipe de metais em "Why Can't I Be You?', uma verdadeira aula de como usar o pedal de distorção Wah Wah com bom gosto e criatividade em "The Kiss", a agitada "How Beautiful You Are" (outra inspiração literária, desta vez do conto de Baudelaire "Ao Olhar dos Pobres") e, como se isso por si só não fosse o bastante, temos "Just Like Heaven", um dos maiores sucessos do conjunto e uma das mais lindas canções de amor de todos os tempos. Talvez o único problema de "Kiss Me.." seja o mesmo de 90% dos álbuns duplos: algumas faixas como a lenta e experimental "Snakepit" e "Like Cockatoos" não parecem se encaixar na proposta e soam um pouco deslocadas. Se um pouco dessa gordura fosse queimada, estaríamos diante de uma obra perfeita... mas esse pequenino defeito não diminui em absoluto sua importância e genialidade.

 3 'Pornography' (1982) 
Se existe um disco que eu jamais recomendaria para pessoas depressivas, é este. Se no trabalho anterior "Faith" tudo era cinza e nublado, aqui o buraco é bem mais embaixo. Tudo é desespero, loucura e sobretudo autodestruição. Muitos o consideram "dark", mas em minha modesta e humilde opinião, isso é uma simplificação: o termo "dark" sugere a dor, enquanto "Pornography" É a dor personificada. Afinal, ninguém abre um álbum com uma música ("One Hundred Years") cujo primeiro verso é "Não importa se todos nós morrermos" a troco de nada. É um disco tão difícil que a gravadora, quando recebeu o resultado final, pediu para que ao menos dessem uma polida na faixa "The Hanging Garden", a única em que viam potencial para as rádios, para torná-la mais acessível (quase deu certo: a música chegou ao razoável 32º lugar na parada britânica), mas essa não era a preocupação de Robert Smith. Ele queria isso sim que seu trabalho fosse reconhecido como uma declaração artística séria e mostrar ao mundo que ele era um compositor capaz de coisas mais profundas que "Boys Don't Cry". Nesse ponto, podemos dizer que sem sombra de dúvida que sua pretensão foi bem sucedida: Canções sombrias como "A Short Term Effect" e "Cold" (ambas sobre o desejo de Robert de ser enterrado) e "A Strange Day", onde narra sua visão particular de como seria o fim do mundo, soam mais maduras que qualquer coisa que o The Cure havia gravado até então. Igualmente bonito e incômodo.

 2 'Disintegration' (1989) 
Após uma sequência de três álbuns mais alto astral ("Japanese Whispers", "Head On The Door" e "Kiss Me, Kiss Me, Kiss Me"), os demônios internos de Robert Smith voltaram a incomodá-lo e ele resolveu exorcizá-los com "Disintegration". Porém, ao contrário do que fez em "Pornography", aqui ele nos brinda com uma melancolia sutil, como se ao mesmo tempo em que demonstra tristeza e angústia com o estado das coisas, tente mostrar que bem lá no fundo, havia esperança. A prova mais categórica disso é a ordem das músicas: o disco começa com a fúnebre "Plainsong", repleta de sintetizadores e logo em seguida emenda com  a suave e acessível (apesar dos seus mais de 7 minutos) "Pictures of You". Depois nos dá a arrastada "Closedown", onde lamenta não ter amor no coração, para imediatamente após virar a mesa com "Lovesong", uma singela e tocante homenagem à sua esposa Mary Poole. Temos também "Lullaby", trilha sonora perfeita para um pesadelo, "Fascination Street" com o seu baixo pulsante, a épica e climática "The Same Deep Water As You", até encerrar com o jogo de palavras soturno de "Untitled" este que é sem dúvida um dos grandes álbuns dos anos 1980.

 1 'Head On The Door' (1985) 
Perfeita junção entre canções pop e temas instrospectivos, "Head On The Door" foi o álbum responsável por tornar o The Cure o sucesso mundial é hoje, e não sem motivos. Afinal, é uma verdadeira coletânea de hits: "In Between Days" (que poderia muito bem ter sido composta pelo New Order), "Close To Me" e "A Night Like This" são presenças obrigatórias em quaisquer shows da banda desde então. Além disso, temos as influências orientais em "Kyoto Song", flamencas em "The Blood" (com direito até a castanholas) e a longa introdução cheia de nuances de "Push", que dão ao The Cure uma profundidade e riqueza nos arranjos inédita até aquele momento. Se você só conhece a banda pelos seus sucessos radiofônicos e não sabe por onde começar, este aqui é o cartão de apresentação certo. Não é depressivo demais a ponto de fazer você querer cortar os pulsos, mas também não é feliz a ponto de parecer bobo ou descartável. Verdadeira pérola atemporal!
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3 comentários :

  1. não sei se essa seria minha lista, discordo do WMS, adoro esse disco. e olha eu sou dos antigos fãs.

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  2. The Cure a melhor banda de todos os tempos. Pra mim claro. E ótima matéria

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  3. Pra mim o melhor é o Desintegration. Otima materia, adoro The Cure.

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