Seether satisfaz fãs em show quase-intimista no Rio

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Foto: Daniel Croce

Por Bruno Eduardo

No final das contas, a decisão de modificar o local do show acabou sendo muito boa. Dificilmente o Citibank Hall seria capaz de proporcionar para fãs e banda um momento tão particular. O público, formado por várias gerações - e muitos casais bonitos - curtiu o novo abrigo - principalmente pela proximidade do palco. Além disso, a Sacadura 154 - nova casa de shows, localizada no centro da cidade - possui uma instalação bem simpática, com boa visão, e som excelente. É fato também, que o Citibank Hall acabou sendo grande demais para o Seether, e restou para a produção fazer essa aposta ao invés de forçar um cancelamento. Na verdade, a casa localizada na Barra da Tijuca vem sendo grande demais para a maioria das bandas gringas que vem ao país - algo que merece ser discutido futuramente, aqui mesmo no site. 

Sem nada com isso, o grupo sul-africano deu exemplo de profissionalismo e competência em sua primeira turnê pelo país - eles também se apresentam em São Paulo. Fazendo um apanhado de seus oito discos de estúdio, o quarteto se baseou principalmente em músicas do ótimo Disclaimer, e de seu mais recente disco (lançado no ano passado), para montar um set na unha.

Liderados pelo carismático Shaun Morgan, o Seether iniciou o show com a nirvânica "Gasoline", seguida de "Needles", e da igualmente forte "Rise Above This" - que proporcionou o famoso pula-pula da galera do gargarejo. No entanto, não demorou muito para o clima ficar mais suave ao som de canções como "Driven Under", "Fine Again", e lógico, "Broken" - com meninas fazendo o coro que seria de Amy Lee, companheira de Shaun na época em que gravaram o hit. Vestindo uma blusa com o símbolo do Iron Maiden, o baterista John Humphrey não negou a influência notória de Nicko McBrain. Aliás, o batera é o único virtuoso da banda. Com cabelos esvoaçantes, ele levou os fãs ao delírio com um solo de bateria de quase cinco minutos - com direito a batuque latino, e bumbo no talo. Outro personagem que merece destaque é o baixista Dale Stewart, que além de fazer a segunda voz na maioria das canções, vive de malabarismos com o seu instrumento. Ao seu lado, o guitarrista Bryan Wickmann fez a alegria dos fãs, e distribuiu palhetas durante toda a apresentação.  

O flerte com o nu-metal em "Burrito" e o riff à-la Daniel Johns (fase Silverchair-Freak) em "My Disaster", trataram de colocar as coisas em seus devidos lugares mais uma vez. Daí para frente foi uma verdadeira coleção de números escolhidos a dedo. Hits óbvios como "Words As Wepons" e "Tonight" foram cantados em uníssono pelos fãs; já a simpática "Country Song" apareceu como uma joia perdida entre pancadas e momentos soft. Com um visual mais despojado - bem ao estilo Jack Black (Escola de Rock) - Shaun Morgan utilizava um efeito em loop para criar riffs enquanto trocava de guitarras entre música e outra - uma solução criativa e que dá um efeito legal ao show. Com isso, o único momento de quase-silêncio foi na execução solitária de "The Gift" - quebrando um pouco o ritmo da apresentação.

Na parte final, o Seether reservou a gritaria de "See You At The Bottom" - do bom álbum Isolate And Medicate; a calmaria de "Save Today"; e a pancada indispensável de "Remedy". Estendendo uma faixa no fundo do palco, feita por fãs, Shaun prometeu voltar em breve. Bom, se depender do que assistimos no show dessa noite, a banda pode voltar sempre que quiser.
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4 comentários :

  1. Eu fiz a faixaaa!! Pude falar com eles no final do show, conversar, agradecer por tudo!! O show foi iincrível, ainda não estou acreditando! Foi ÉPICO! Foi algo que realmente marcou a minha vida, nunca esquecerei!!! Como grande fã do Seether, resolvi fazer a faixa, deu um trabalho, mas valeu a pena, ao ver ela encima do palco!! A noite foi ÉPICA!!
    Espero que voltem logo!!
    É SEETHER K7!! \o/
    😁😁

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    Respostas
    1. Q foda heim mano!!! Eu estava lá e vi sua faixa o show foi incrível mesmo, fiquei surpreso.

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  2. Que show foda!
    Espero que eles voltem logo para tocar as musicas que faltaram.

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